Personagem para Jogo da Geographic

Muito bundinha a todos (já passou da meia-noite...). Meu nome é Patrícia Tavares e essa é a primeira vez que estou postando aqui (ou talvez a última, se o Charlie não se arrepender).



Fiquei bem feliz pelo convite, até porque nunca escrevi blog, diário, abaixo-assinado, redação de vestibular e etc na minha vida.

Deixando a apresentação formal, gostaria de compartilhar meu penúltimo trabalho (a gente nunca pode mostrar o último =/). Esse personagem foi feito pra Tech, para o jogo da Lilly (Lilly Wu and The Terra Cotta Mystery). Ainda há outros, mas irei postando aos poucos. Foi bem bacana de fazer, sem stress (diferente do trabalho atual, que me fez ouvir buzinas de carro por três dias seguidos, vibração e tremedeira na perna esquerda, insônia e sonolência excessiva, depressão e pensamentos suicidas).

Enfim, esse chinês é o vilão da história, que envenenou o pai e é faixa preta na espada. Apesar de terem mandado foto pra ter uma idéia de como tem que ser o personagem, eu curti bastante pelo fato de darem liberdade de criação. E como tenho tara por vilões, pensei em fazê-lo um tipo de galã (na verdade sempre tive intenção de fazer todos os personagens masculinos assim). Levei cerca de 13 horas e uso o Corel Photo Paint pra tudo, desde rascunho até pintura. Ok, aos pervetidos por Photoshop: Eu gosto de Corel. Fazer o quê, gosto é gosto xP. Photoshop é maravilhos pra edição e pintura, mas eu gosto do Corel porque ele é maravilhoso pra pintura e é uma bosta pra edição. Bem simples.

Mas resumindo, foi com muita referência de foto que consegui montar o guarda-roupa do moço. Comecei montando uma blusa chinesa simples. Depois quis dar um ar diferencial e atual, colocando um tipo de casacão de couro. Em seguida, pra representar o ar chinês e xique (era um príncipe), pus um kimono. Fui fazendo o tecido, rezando para que desse certo, porque não tinha a menor idéia do que estava fazendo. Esse tecido foi beem fdp pra pintar. Fiz mais de cabeça do que referência. Resolvi também colocar textura de flores de uma forma sutil, que não ficasse muito gay. E por fim, o toque final foi a manga amarela, para chamar atenção para os objetos simbólicos (o veneno e a espada). Não tinha nada que desenhar essas coisas de objetos, mas como mamãe diz: "Se vai fazer uma cagada, que faça bem feita!".

Por fim, o cabelo foi baseado no penteado samurai. Nunca houve algum que tenha colocado um pauzinho para segurá-lo, mas foi um outro diferencial que quis arriscar. Hoje vendo o desenho com mais atenção, poderia ter deixado as raízes de forma mais natural, mas na hora, com pressa e cansada (13 horas seguidas é power), passou despercebido. Mas vivendo e aprendendo.


Nó próximo post vou mudar um pouco e falar sobre jogos eróticos que uma amiga e eu tínhamos que desenhar, num lugar onde éramos as duas únicas mulheres e artistas, em meio a 30 programadores. Foi divertido...


Obrigada pela audiência e podem meter pau nos comentários. Só não esqueçam que sou vingativa. Beijos ;)!