quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Relembrando e comparando





Buenas, gurizada. Pra começar a semana, estou trazendo uns desenhos velhos. Tão velhos, mas tão velhos que chegam a estar cheirando a naftalina.

Esta é uma guerreira amazona que eu costumava desenhar quando estava na faculdade, e ela surgiu mais ou menos na mesma época que o Guildor. Eu sinto muito orgulho deste desenho, pois apesar de várias falhas, como a mão ao lado da cabeça pequena e estranha, entre outros, mas este foi o primeiro desenho que fiz com um ar mais realista pras formas e cores sem o uso de referências. Eu virei uma madrugada fazendo este trabalho, foi por volta de 2003, estava muito influenciado por Luis Royo e foi neste trabalho que eu vi que a gente pode fazer qualquer coisa se não pensar na dificuldade, só no que tem que ser feito. Ela foi feita com esboço em grafite e colorida com lápis aquarelável da Faber-Castell........... mas sem usar o efeito de aquarela. Este tipo de lápis é bem macio, funciona quase como um 6B, se compararmos ao grafite.

Na sequência desta guerreira, veio este elfo com orelhas de burro. O que eu mais curti nestes trabalhos, apesar de todas as falhas, foi o trabalho de luz e sombra que me agradou neles. Com estes desenhos eu comecei a ver o quanto era legal fazer a sombra projetada de uma espada ou de um pendante no corpo. Isso dá um realismo nas figuras e um ar de sólido impressionante.

Já a outra elfa eu usei uma foto da playboy, era uma das "Hzetes" do programa do Luciano Huck na Band. Eu achava que ela tinha toda a cara de elfa, na época.

O mais legal é que eu só comecei a trabalhar as cores quando um velho colega do segundo grau, meu amigo Fabiano Freitas Pinto, que a anos não vejo me disse durante uma aula no 2º grau: cara, posso te dizer uma coisa?? Tu já reparou que tu desenha bem, mas tu pinta mal??

É, se não fosse aquele comentário... bueno gurizada, espero que curtam meus trabalhos e não estranhem o cheiro de mofo.
Valeu Fabiano.

5 comentários:

  1. Pra vc ver como a gente tem que filtrar o que a gente ouve.
    Essa frase do seu amigo, mal interpretada, poderia gerar uma mudança de carreira até.

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  2. É verdade, Márcio. E o engraçado é que ele não desenhava, não pintava, não tinha nem interesse pela área, mas sempre foi um amigo sincero, e confesso que se não fosse por este comentário, talvez eu não tivesse feito metade do que fiz até hoje. Mas realmente, se eu tivesse interpretado errado e tivesse uma cabeça um pouco mais fraca, poderia ter perdido um amigo e até ido fazer outra coisa, como ser veterinário ou me alistar na aeronáutica. Doido o mundo, né?!?!

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  3. Cara, ja ouvi cada merda nessa minha curta carreira...se eu não tivesse deixado pra lá o que falavam, eu nem sei o que eu estaria fazendo agora...

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  4. Mas aí que tá, rapá. O comentário dele fez com que eu reparasse em algo que, na época era o ponto mais fraco no meu trabalho, e que hoje em dia vejo como um dos pontos mais fortes que tenho. Se não fosse este comentário, talvez não tivesse reparado nisso. Aquilo fez com que eu abrisse os olhos, óbvio que se ouve muita merda no caminho, mas se ouve muita coisa verdadeira, e isso que temos que saber filtrar.

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  5. É difícil hoje em dia ver desenhos feitos à mão, principalmente quando você é profissional e no mercado, exija-se tudo digitalmente. Não que uma técnica seja melhor ou pior do que a outra, mas é somente um diferencial. Seus desenhos já eram muito bonitos e os atuais mostram o quanto você tem estudado, pois cada dia você sempre me surpreende.

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